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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A rainha Nefertari

"Nefertari foi uma grande rainha egípcia, esposa de Ramsés II faraó do Egito, cujo nome significa a mais bela. Nasceu aproximadamente em 1290 AC e morreu em 1254 AC. Os pais de Nefertari são desconhecidos, pressupõe-se que a sua origem foi uma familia humilde.
Existem registos da sua presença numa festa em Luxor onde foi apresentada nos seguintes termos: A princesa, rica em louvores, soberana da graça, doce no amor, senhora das duas terras, a perfeita, aquela cujas mãos seguram os sistros, aquela que alegra o seu pai Ámom, a mais amada, a que usa a coroa, a cantora de belo rosto, aquela cuja palavra dá plenitude. Tudo quanto pede se realiza, toda a realidade se cumpre em função do seu desejo e conhecimento, todas as suas palavras despertam alegria nos rostos, ouvir a sua voz permite viver."

     A tumba de Nefertari

"Ao morrer, Nefertari foi colocada em uma das mais belas tumbas da realeza egípcia. Magníficas pinturas murais do sepulcro, entretanto, estiveram ameaçadas de destruição e houve quem previsse que elas iriam virar pó. Para evitar essa perda lamentável para a cultura da humanidade, foi feito um intenso esforço por uma equipe internacional de especialistas durante dez anos, período no qual foram gastos 4 milhões de dólares, e as imagens daquela elegante rainha, fazendo oferenda aos deuses e passando da vida terrena à imortal, foram salvas. As paredes de gesso foram recuperadas e suas tonalidades de vermelho, azul, amarelo e verde, complementadas com o uso de preto e branco, reapareceram. Hoje a figura de Nefertari ainda adorna sua tumba como vem fazendo durante 32 séculos.
Como a pedra calcária das paredes da tumba formavam uma superfície pouco favorável para pintar, os artesãos cobriram-na com gesso. Com o passar dos séculos, partes do gesso se desprenderam da pedra calcária e outras caíram completamente. Mesmo em locais em que o gesso se encontrava relativamente preso, a camada de pintura estava deteriorada. Na década de 80 do século passado, aproximadamente a quinta parte das pinturas murais já havia sido perdida. Em 1985 a Organização Egípcia de Antiguidades (EAO) e o Instituto Getty de Conservação (GCI), começaram a discutir a maneira de preservar este tesouro cultural.
O projeto foi iniciado em 1986. Durante um ano foram feitas análises científicas da tumba com enfoques nas suas condições geológicas, hidrológicas, climatológicas, microbianas e microflorianas. Também foram realizados testes químicos, espectrográficos e de difração de raios-X dos materiais. A conclusão foi de que a principal causa do mau estado das pinturas era a presença de sal na pedra calcária e no gesso. Os sais absorvem umidade e quando esta se evapora formam-se cristais. A cristalização do sal provoca a separação do gesso e do pigmento da pedra calcária, como se vê na foto ao lado. Em alguns locais as incrustrações de sal erodiram a superfície da pintura, convertendo-a em pó colorido. Em outros locais formou-se cristal sólido entre a pedra calcária e o gesso, destruíndo a coesão entre eles. Todos os pontos que precisavam ser restaurados foram identificados e mapeados."


Texto adaptado de: Fascínio Egito e Wikipédia.

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